No dia 16/04 embarquei para o interior do Tocantins. Na realidade, tive que pegar um vôo para Imperatriz, Maranhão, que fica mais próximo de Araguaína (cerca de 250 km). O objetivo da viagem foi acompanhar uma Capacitação em Modelagem, Corte e Costura que as artesãs do projeto estavam fazendo.
Chegamos por volta das 14h30 em Imperatriz para procurar um lugar para almoçar e, é claro, não achamos. Fomos num “shopping” para ver se conseguíamos alguma coisa para comer, e o que achamos foi uma lanchonete com um sanduíche meia boca, mas que tava valendo. Estávamos eu e Ivete, uma das estilistas do projeto, um amor de pessoa. Pegamos um carro do parceiro do projeto e seguimos para Araguaína, mas antes disso, tivemos que enfrentar o trânsito de Imperatriz, que até mereceria um texto em separado, mas não vou me dar esse trabalho hehe.
Adentramos em Araguaína (cidade que possui cerca de 180 mil habitantes e é a cidade mais importante do TO, depois da capital) às 19h, mortas de cansaço, sujas e ainda com fome (é, o sanduíche não foi suficiente). As artesãs ainda estavam no curso então saímos para comer alguma coisa. Não sei se era a fome ou o cansaço ou as duas coisas juntas, mas estava ótimo. Chegamos ao hotel São Vicente (segundo a definição da Vanessa: sabe aqueles que tem o telefone na plaquinha, embaixo do nome? Então era assim... mas tava ótimo!) e fomos dormir às 22h, sem nem mexer na cama.
No dia seguinte fomos acordadas às 7h15 da manhã, já que o curso começaria às 7h15. Não acredito... pode voltar mais tarde? Foram essas as nossas perguntas, já que estávamos completamente quebradas. Tudo bem que tivemos que acordar às 8 e pouquinho, pois o café só era servido até às 8h30...
Fomos para o curso. Conheci as artesãs, que são uns amores... Não quis interromper o trabalho delas, afinal elas estavam na parte teórica do curso, mas com as réguas afiadas, prontas para fazer os moldes.
Correu tudo as mil maravilhas durante o dia (não é o meu objetivo descrever as oficinas em detalhes, mas deu tudo certo)...
Quando chegamos ao hotel, tinha que ir de quarto em quarto para escolher os produtos para a nossa reunião na Rede Globo (isso merece outro texto). Só não esperava que fosse tão demorado. Eram 15 quartos – 1 quarto por grupo – e consegui fazer somente 4 e tinha só mais uma noite para recolher o restante.
Cada quarto que passava, uma história, um comentário, uma reclamação... todas querendo dividir experiências... E eu também, afinal era o meu primeiro contato com elas.
Acabou que fui dormir às 2h da manhã... fiquei preparando minha apresentação do dia seguinte. Ai conversar com as meninas artesãs, para que elas me conhecessem melhor.
Mais uma vez fomos acordadas às 7h e mais uma vez pedimos para voltar mais tarde. Neste dia o taxista perguntou se tínhamos ido ao forró, já que não conseguimos sair junto com as artesãs, é mole? Ficar trabalhando até tarde para ter que ouvir isso hehe
Ok, cheguei ao curso, preparei o material e começamos a conversa. Foi bem legal e no final das contas uma artesã me disse: gostei tanto de você! Isso pra mim foi o máximo...
Fomos almoçar depois de tudo – é, a conversa rendeu – e quando voltei fui informada que a professora combinou que a aula não teria hora para acabar, pensei: de jeito nenhum, faltam 10 quartos para passar e uma viagem de madrugada, ai meu Deus! Acabou que deu certo, fomos embora no horário normal e logo começamos novamente, eu e Ivete, a nossa peregrinação. Muitas conversa, reclamação e produtos depois, estava eu, às 23h, no meu quarto, arrumando mala, comendo comida fria do jantar do dia anterior e pensando: MEU DEUS, VOU ACORDAR ÀS 2 HORAS DA MADRUGADA PARA VOLTAR A IMPERATRIZ, PEGAR O VOO PRO RIO E SÓ A TARDE PODER DESCANSAR. No dia seguinte seria a reunião na rede Globo.
Bem, é isso. Vou mudar o texto e dizer o que aconteceu depois...